No fim de semana passado foi promovido um evento cultural aqui em Nürnberg chamado "Blaue Nacht"(www.blauenacht.nuernberg.de/), que traduzindo para o bom e velho português significa "Noite Azul".
Todos os principais prédios e monumentos da cidade estariam iluminados em luz azul e além disso várias atividades seríam promovidas (A maioria envolvendo cerveja. Afinal, estamos na Alemanha!).
E foi a partir desse evento que comecei a pensar na carência de atividades culturais que temos no Brasil. Lógico que não posso negar que 3 vezes ao ano, a prefeitura do Rio de Janeiro, por exemplo, promove algum grande show na Praia de Copacabana ou arranja um maluco pra fazer um "disco-voador" ficar "voando" pelo céu da cidade. Mas o que eu realmente sinto falta é algo que atraia todas as classes sociais, várias personalidades e várias idades para algo que seja construtivo para cada indivíduo. Aqui na Europa facilmente encontramos algo do tipo. E se não encontramos, podemos ir a algum dos milhões de museus. Além disso, são atividades gratuitas! Até mesmo os museus, que na Alemanha são de graça todo domingo.
Há quem diga que o governo tem lugar melhor para aplicar nosso dinheiro. Na minha opinião, a promoção da cultura é fundamental pra formação pessoal e intelectual de qualquer indivíduo. Tanto como forma de distração, quanto com o intuito de aprendizagem.
Bom, fica a questão: Como que nosso governo pode investir mais na cultura? E que tipos de eventos, além dos shows do Rolling Stones, poderiam ser promovidos?
Igreja LorenzKirche iluminada no dia da Blaue Nacht:
Farofas que comentaram este assunto:
Kultur, Culture, Культура ..... e Cultura?
Stop Wars
Eu estava começando a escrever um post sobre a gripe suína, mas hoje assistindo ao Jornal Nacional senti um pouco de revolta, ao saber que a Coréia Norte está nos preparativos finais para uma guerra que ela mesma está criando. Por isso mudei de idéia quanto a minha postagem.
a matéria que eu vi:
A Coreía do Norte tem o quarto maior exército do mundo, só perde em tamanho e investimento para os EUA, a Rússia e a China. Um exército de um milhão e duzentos mil coordenados por um ditador rígido e egocêntrico e que está contra todo o mundo, alguma semalhança com um outro ditador de bigodinho? Nesse caso méra coincidência, pois os governos e os propósitos são diferentes, Alemanha tinha um governo ditador mas em ascenção que queria mostrar se superior ao mundo, já o governo Coréia do Norte é comunista e pobre, e quer mostrar ao mundo que é resistente ao capitalismo.
Como que um governo que não tem nem fundos pra manter o seu povo consegue tirar 40% do seu PIB e investir em recursos militares? Há mais de dez anos a maior parte dos 23 milhões sofre de fome, (fome mesmo, falta do que comer, desnutrição, tipo na África) como se já não bastasse o subdesenvolvimento e o terror. Por falar em terror, o ditador coreano, Kim Jong-Il, penaliza com sentença de prisão perpétua quem assiste a um canal estrangeiro, enquanto que para os representantes do governo é liberado.
esclarecimento do que acontece:
Então me diz, esse ditador louco tá achando que é Leônidas, que com apenas 300 vai derrotar todo o mundo? Até a China que é parceira da Coréia do Norte está contra o processo de criação de armas nucleares. Esse Kim Jong-Il não vê que o povo dele já tá passando por mal bocados, e ainda quer massacrar o exército que bem ou mal, é a parte da população que tem uma vida digna? O cara tá cego pelos próprios princípios e vai levar um monte de inocentes para o buraco com ele, assim como outros líderes radicais fizeram e fazem.
"Make love not war" - John Lennon
Até!
Vinícius Coutinho
Farofas que comentaram este assunto:
ONI - Objeto Não-Identificado
A moda dos objetos não identificados está em alta no mercado.
Aproveitando a passagem do disco voador nos bairros de Copacabana e da Barra da Tijuca, certas promoções relâmpagos (daquelas impossíveis de acreditar se, realmente, existem ou não) deixaram a cabeça do consumidor confuso se é real ou tudo não passa de algum truque?
A empresa MediaMarket, uma das principais lojas de eletrodomésticos e eletrônicos da Espanha, divulgou dois anúncios que causaram euforia nos madrilenhos.
O primeiro deles foi o seguinte: para aquecer o mercado de televisores no ano passado, em plena época de Eurocopa (espécie de Copa do Mundo de Futebol, mas só entre países europeus), a loja anunciou que se a Seleção Espanhola de futebol chegasse até as quartas-de-finais da competição, a loja devolveria o valor de 25% do televisor comprado (mas teria que comprovar a tal compra durante o evento).
O segundo anúncio foi o seguinte: para comemorar a abertura de uma das filias na cidade de Madrid, os cem primeiros consumidores que entrassem na loja no dia da estreia, poderiam levar qualquer produto (porém apenas um) por qualquer preço. Sim, era só pegar o produto, ir no caixa e pagar o valor que gostaria. Imagine o frisson que causou na loja? (Aliás, isso lembrou de um antigo anúncio do 'Quer pagar quanto?').
A princípio, muitos compradores ficaram desconfiados com as 'promoções malucas' achando que tudo não passava de um algum engano da loja e que não existia vida caridosa em outro planeta. Mas na realidade, tudo era real. De fato, a propaganda existia.
Agora, veja o caso da FNAC do Brasil...
No caso do 'erro' da FNAC, muitos meios de comunicação (como o citado acima) acusaram os consumidores de se aproveitarem do 'erro' da empresa para comprar os produtos mais baratos.
Portanto, a pergunta fica no ar é a seguinte: você acreditaria nessas promoções? Temos aqui os dois lados da moeda e um objeto não-identificado. Na Espanha, o anúncio estava correto. Por que no Brasil, a culpa foi do consumidor de querer se aproveitar do 'erro'? Será que foi mesmo 'erro' ou foi 'jogada' de marketing?
Hasta pronto,
Carlos Gustavo
Farofas que comentaram este assunto:
O Brasil tem solução ?

Pedro Barreto
Ponto de vista
Assista ao vídeo e bem-vindo ao mundo do que você não vê...
Se você não entendeu nada, eu explico! (essa é uma outra oportunidade para quem ainda não viu o vídeo. Não tem problema, eu espero ele terminar!)
Bem, esse vídeo é da final da Copa do Rei (espécie de Copa do Brasil, aqui da Espanha. Ops, então você já descobriu de que lugar eu escrevo!) disputada entre o catalão Barcelona e o basco Athletic Bilbao, e foi um prato cheio para protestos contra o Rei da Espanha e o país como um todo. Há anos que Catalunha e País Basco defendem a ideia de que devem ser países independentes. O que se viu no estádio antes da partida foram muitas vaias dos torcedores de ambos os clubes durante a execução do hino espanhol.
A transmissão para a Espanha ficou a cargo da estatal TVE (Ops, com o mesmo nome do canal brasileiro. Humm! Quem veio primeiro: o ovo ou a galinha? Essa é fácil!). Como os protestos vinham sendo orquestrados publicamente já há alguns dias, a TVE driblou a exposição das vaias ao Rei durante a transmissão ao vivo. A emissora cortou para imagens da cidade de Bilbao e a festa dos torcedores do Athletic (time da cidade) antes do jogo.
No intervalo, sob o argumento de recuperar a execução do hino perdida no 'ao vivo', a TVE mostrou novamente as imagens, fechadas nos jogadores, e com o som das vaias bem mais baixo do que realmente se ouviu no estádio.
Como consequência disso tudo, o diretor de esportes da TVE foi demitido. No vídeo acima, produzido pelo site do diário esportivo 'Marca', você pode conferir três momentos: o corte na transmissão ao vivo, o som verdadeiro ouvido no estádio e, por fim, o hino com as vaias diminuídas, exibido durante o intervalo da partida.
Bem, deu para perceber que a censura não ocorria só no Brasil. E sim, em qualquer lugar do mundo (até em países como a 'Espanha'). Por isso, aqui no Farofa, irei falar um pouco de tudo que acontece, mostar o outro ponto de vista e 'tentar' esclarecer outros tantos assuntos.
Se você já leu até aqui, deu para notar um pouco sobre o Carlos Gustavo. Mas, como o post está gigantesco, aqui vai algumas palavras 'jogadas' sobre o meu perfil: estudante de jornalismo da PUC-Rio, agora na minha segunda passagem por Madri(d), mas já morei em Vancouver (5 meses), apaixonado por esportes, viagens e também sou um 'tech-freak'. Sim, você não leu errado! É 'Tech-freak'? Assista o vídeo abaixo e entenda porque o mundo precisa de pessoas que expliquem essas 'novidades' tecnológicas...
Hasta pronto, Carlos Gustavo
Realidade dá dinheiro !
Abaixo estão alguns videos que exemplificam melhor o que estou dizendo:

www.gtremix.com.br

http://www.skolsensation.com.br/realidadeaumentada/

http://www.doritos.com.br/sweetchili/site/
Pedro Barreto
Bigodinhos de volta?
Hallo!
Me chamo Paula Pensak e sou estudante de Relações Internacionais na PUC-Rio. Há quase dois anos atrás decidi fazer intercâmbio na Alemanha. Meu principal motivo era porque minha monografia seria sobre o comércio dentro da OMC de produtos agrícolas entre países em desenvolvimento, como Brasil e Índia, e a União Européia. Mas, além disso, aprender alemão também era uma prioridade, e nem preciso falar na experiência de vida que ganharia.
Todo o tempo, eu sabia que um ano em um país completamente diferente do Brasil não seria fácil. Já havia feito intercâmbio no Texas durante cinco meses, mas por algum motivo sabia que esse seria mais difícil. Bom, cheguei aqui, na cidade de Nürnberg, e foi exatamente o que aconteceu. O inverno foi muito cruel e por fim fiquei um pouco deprimida, o que eu acho natural em um lugar com -20 graus de temperatura.
A cidade de Nürnberg é uma cidade com um enorme número de empresas e ao seu redor é possível encontrar grandes nomes como Siemens e Adidas. Por isso, o número de imigrantes é enorme. Tem gente de todos os lugares do mundo: Turquia, China, México, Espanha e lógico, os farofas do Brasil. Também conhecida como a capital do Hip-Hop na Alemanha, a cidade tem inúmeras boates e bares que ficam lotados aos fins de semana. Boates e bares esses que têm um rígido sistema de segurança nas portas e que sempre fazem questão de não deixar estrangeiros entrarem. Principalmente latinos. Como um exemplo, tenho dois amigos brasileiros que fizeram intercâmbio aqui semestre passado. Eles tentaram entrar em uma boate específica cinco vezes! Sim, eles são penta em serem barrados! E isso não é justificável pelo fato de estarem mal vestidos ou “alegrinhos”. Os seguranças da porta inventavam qualquer desculpa e não adiantava questionar, afinal, a palavra deles era lei.
Além desse exemplo, tenho inúmeros outros e a cada vez que isso acontece fico mais e mais revoltada e me questiono o porquê disso acontecer. Será mesmo a camisa que não é social? Será o sapato? Será a meia que não é branca ou o cinto que não é preto? Ou será mais um exemplo de neo-nazimo? Afinal, verdade seja dita, Nürnberg era a cidade preferida do Hitler e por ela pode-se encontrar monumentos que foram usados para a realização de manifestações do partido. Ainda hoje o fantasma do nazismo assombra a Alemanha e em especial a cidade de Nürnberg, terceira mais destruída durante a guerra por ter sido a capital dos “bigodinhos”.
Até mesmo na minha própria rua tem um símbolo nazista pintado na parede e, além disso, pode-se ver diversas pessoas vestidas com capas até o pé, coturnos pretos e se dizem neo-nazistas.
Esse tópico voltou às notícias globais com a extradição dos EUA para a Alemanha de John Demjanjuk, ex-guarda nazista acusado de ter matado mais de 29 mil pessoas. Por isso resolvi trazer a tona.
Bom, a questão que quero levantar é a seguinte: será que até hoje é possível presenciar atos nazistas ou são somente exemplos de mentes altamente preconceituosas? Será que o nazismo ficou na história e lá se mantém? Além disso, este tipo de ação acontece somente na Alemanha ou é possível presenciá-las em outros países e até mesmo no Brasil?
Liebe Grüsse aus Deutschland!
Paula Pensak
Farofas que comentaram este assunto:
É o Farofa Mundi no ar!
E aí farofada? Tá aí, o Farofa Mundi, o blog que tem uma visão global do que tá acontecendo em cada país onde temos a cobertura de nossos queridíssimos colaboradores. Esse é o nosso primeiro post, e para começar direitinho, gostaria que todos os colaboradores se apresentassem (inclusive os que não leêm e-mail). E claro, vou começar por mim, Vinícius.
Eu sou Vinícius Coutinho (para aqueles que gostam de orkut), tenho 21 (completo 22 mês que vem) e faço publicidade na PUC-Rio. No momento estou estudando alguns projetos empreendores e procurando estágio, leia-se, vidinha normal de universitário. Eu voltei a pouco tempo de um work experience na Califórnia, e vivi mais ou menos o que nossos colaboradores estão vivendo agora, estar longe de tudo o que era moleza aqui na Brasilândia, porém estar em contato com um universo de coisas novas e interessantes (cultura, hábito, vestes, programa de tv...).
E depois que a gente volta, a gente perde um pouco a ligação com essas novidades, mas continua pensando: o que será que vai acontecer com o personagem daquela série que eu assistia lá? Como será que se resolveu aquele problema político? Como será esse ano a festa anual da cerveja que tinha na minha cidade? Qual o comercial mais engraçado que tá passando lá agora? E coisas do tipo...
Por isso, eu e o Pedro, que também voltou a pouco de uma viagem, resolvemos criar o Farofa, para que nossos amigos, amigos de amigos, amigos de amigos de amigos possam nos trazer o que acontece lá fora.
Com o tempo, depois de algumas postagens, todos nós vamos começar entender como os outros autores do Farofa escrevem e pensam e aí que a coisa vai ficar legal. Peço que todos, por favor, divirtam-se ao escrever, chamem os amigos pra ajudarem a escrever, deixem a criatividade fluir e postem o que acharem interessante, não há regras quanto a tema. E não esqueçam comentem a matéria dos outros colaboradores, deêm suas opiniões, comparem com o que acontece aí onde vocês estão. Tentem pelo menos uma vez por semana escrever uma matéria pro Farofa Mundi, que os farofas e os leitores vão comentar o que você escreveu. Ok?
Então é isso aí farofada, ao infinito e além!
Vinícius Coutinho